Fizeram um pacto de amor eterno e para selar o acordo inquebrantável trancaram um cadeado na Pont des Arts em Paris, assim como fizeram milhões de enamorados de todo o mundo.
Viviam entre tapas e beijos mas nunca terminavam. Era como se algo os prendesse um ao outro. Presos pela força do cadeado Papaiz. E pela magia de Paris.
Mas um dia a velha ponte não aguentou o peso de tantas promessas e colapsou.
A Prefeitura de Paris resolveu proibir a moda e mandou retirar todos os cadeados da ponte.
E então a mágica se desfez. Teve inda, mas desta vez não teve vinda. Não tinham mais suas promessas trancadas na Ponte dos Amantes. E como quem apaga a última lamparina do Moulin Rouge, fez-se o breu na cidade luz e em muitos corações mundo afora. Separaram-se.
O tempo passou e um dia se reencontraram, arcados sob o peso de seus tropeços.
Nada combinaram. Nada prometeram. Apenas se amaram.
Estão juntos até hoje. Sem promessas, juras, amarras, algemas ou cadeados.
Presos apenas pela liberdade de escolha e pela força inexplicável do Amor.