Falta de Educação

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O Deputado Federal Tiririca foi o candidato mais votado de SP por duas vezes consecutivas com um bordão pra lá de peculiar: “Vote no Tiririca, porque pior do que está não fica”.

Pois tem ficado, e não exatamente por culpa dele, que se não é causa da piora, também não tem ajudado em nada. Como levar a sério um Congresso onde o mais votado é um palhaço?

Além da piora óbvia no campo dos indicadores econõmicos (PIB, desemprego, inflação, dívida pública, etc), os mais recentes números do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) divulgado neste mês de setembro, traz um retrato ainda pior do que já imaginávamos ruim.

De um modo geral, nem a rede pública nem a particular atingiram as metas para o ano. E não é que as metas fossem ousadas. Partimos do péssimo e vamos lentamente tentando chegar no sofrível, mas até mesmo isso ainda parece distante.

O Ensino Médio é o buraco mais fundo. Numa escala de 1 a 10, temos obtido média 3,7, abaixo da meta de 4,5 (que já seria bastante acanhada, convenhamos). Dos 26 Estados da nação, apenas 2 cumpriram as metas.

Nos últimos anos muitos esforços foram alocados para se aumentar o acesso ao ensino (quantidade) mas com poucos resultados na qualidade que é oferecida. Ao mesmo tempo, houve uma ênfase muito grande para o acesso ao ensino superior, o que é até louvável, mas não faz muito sentido quando você considera que entregou um ensino de má qualidade justamente nos anos iniciais de formação. Em uma cadeia capenga como essa, os jovens acabam ficando reféns de universidades caça níquel, ou não conseguem atingir sua plenitude acadêmica, por deficiências nos anos iniciais de formação, que não por acaso recebem o nome de Ensino Fundamental.

Não é a toa que o Brasil sistematicamente aparece nos últimos lugares dos mais famosos testes educacionais, na comparação com diversos países.

Num mundo globalizado, em que a competição não é mais apenas com o trabalhador da mesa ao lado, mas sobretudo com os profissionais do resto do mundo, não dar à Educação a verdadeira prioridade e eficiência que necessita é condenar o Brasil e as novas gerações a um futuro perdido.

Um desafio para todos: governantes, escola, famílias e sociedade.

Lamento Tiririca, mas pior do que está fica.

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